segunda-feira, 20 de junho de 2011

O incendiário


Às vezes aparece cada figura no seu caminho que parece até gozação. Nos dias atuais está na moda protestar através das redes sociais. Que fazem uma movimentação, marca no twitter, facebook, ou envia sms. O importante é aglomerar. Mas se você não dispõe desses equipamentos tecnológicos ou não tem acesso às redes sociais. Vale optar pelo protesto no gogó.
Voltava para casa por volta das 22h45, quando um senhor pediu a atenção das pessoas que estavam no ônibus. Para ser sincera, nem estava a fim de ouvi-lo.  Ele estava do outro lado da catraca, então deveria ter mais de 60 anos. O ônibus já saia do terminal quando se levantou e começou a falar:
“Pessoal, queria pedir a atenção de vocês. Não sou dono de empresa, apenas um usuário como vocês. E venho aqui para reclamar da demora desse ônibus. A gente chega aqui e fica horas com ele parado. É um absurdo isso.”
Algumas pessoas concordam com o senhor da demora do ônibus. O local de destino é Areia Branca. Eles gastam por volta de uma hora para ir e voltar. E naquele horário era o último ônibus da noite.   O mais surpreendente foi à proposta do senhor com todas essas condições:
“Quem aqui topa colocar fogo nesse ônibus agora levanta a mão.”
Apenas três pessoas levantaram. O senhor ficou indignado com a passividade dos usuários. Sentou-se e resmungava frustrado o fracasso do incêndio.
Fiquei pensando como  nos acostumamos a tudo. E quando aparece alguém disposto a protestar por um direito seu acaba saindo como louco ou revolucionário. A demora do ônibus é apenas uma coisas simples do cotidiano  a qual já nos habituamos. E assim, no acostumamos com os problemas do nosso país, sem buscar soluções. A corrupção se torna algo banal, porque é normal roubar o dinheiro que pagamos com tanto sacrifício. Esse é o grande mal do homem se acostumar, quando deveria movimentar-se em busca  de soluções.



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